Saturday, September 24, 2011

Wednesday, September 7, 2011

DESDE MEU ÚNICO PEDAÇO DE TERRA


















DESDE MEU ÚNICO PEDAÇO DE TERRA

Já vem a crua ressaca

o pássaro com sua nudez
os ecos de sol.

Já vem a rua

cheia de teus lábios
de teus dedos úmidos.

Toda a evidência da noite

vem,
com sua geometria mortal
e seu engano, vem.

Diz adeus como um ulmeiro morto

aquela leve tumba junto ao mar
que ainda esperava o milagre.

Já chega a madrugada

com seus discursos e seus táxis
a cidade com suas pontes
e suas luzes solitárias
a música quebrado-se nas árvores.

Depois eu passo

sem luz nem sombras,
e permaneço em teus olhos
como se fossem eles
o único pedaço de terra firme
que conheço.

© Yosie Crespo
 
Tradução: Saulo G. de Sousa.

YO TE NOMBRO PÁJARO aquietado y diminuto como en las cintas imaginarias de Sherman en los registros evidentes de cualquier guía turí...