DESDE MEU ÚNICO PEDAÇO DE TERRA
Já vem a crua ressaca
o pássaro com sua nudez
os ecos de sol.
Já vem a rua
cheia de teus lábios
de teus dedos úmidos.
Toda a evidência da noite
vem,
com sua geometria mortal
e seu engano, vem.
Diz adeus como um ulmeiro morto
aquela leve tumba junto ao mar
que ainda esperava o milagre.
Já chega a madrugada
com seus discursos e seus táxis
a cidade com suas pontes
e suas luzes solitárias
a música quebrado-se nas árvores.
Depois eu passo
sem luz nem sombras,
e permaneço em teus olhos
como se fossem eles
o único pedaço de terra firme
que conheço.
© Yosie Crespo
Já vem a crua ressaca
o pássaro com sua nudez
os ecos de sol.
Já vem a rua
cheia de teus lábios
de teus dedos úmidos.
Toda a evidência da noite
vem,
com sua geometria mortal
e seu engano, vem.
Diz adeus como um ulmeiro morto
aquela leve tumba junto ao mar
que ainda esperava o milagre.
Já chega a madrugada
com seus discursos e seus táxis
a cidade com suas pontes
e suas luzes solitárias
a música quebrado-se nas árvores.
Depois eu passo
sem luz nem sombras,
e permaneço em teus olhos
como se fossem eles
o único pedaço de terra firme
que conheço.
© Yosie Crespo
Tradução: Saulo G. de Sousa.
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